DESFRUTAR-SE
Programa Me alimento de frutas. Aprecio os sabores dos frutos e dissabores do corpo. Usufruo das frutas como dispositivos para criar narrativas. Fabulo, ficcionalizo, me masturbo. Escrevo sobre a experiência. Saio pela cidade espalhando o relato escandaloso.
Desfrutar-se é uma ação artística que reúne uma série de relatos de mulheres coletados e trocados anonimamente. Uma ode à siririca e ao orgasmo autogestionado como forma de resistência ao patriarcado. Os textos foram escritos por diferentes mulheres, fabulando sobre masturbação e frutas. Estes relatos são coletados e compartilhados em locais públicos com circulação de mulheres, em diferentes suportes: lambe-lambe, performance presencial, vídeo-poema, live em rede social, vivências em grupo e vídeo-experiência.
| Performance presencial | Na performance, ao lado de uma placa e uma caixa ou mesa de frutas, convido as passantes para escolher uma fruta. Cada fruta corresponde a um dos relatos, que estão gravados em áudio disponíveis para serem ouvidos em dispositivos sonoros, Como cúmplices, ouvimos juntas o pequeno conto de 5 minutos e compartilhamos histórias e experiências sobre sexualidade. Em algumas ocasiões, Beatriz Barjud realiza a performance junto comigo.
fotos: Rodrigo Munhoz, Ierê Papá e Ana Helena Correa
| Vídeo experiência |
Neste vídeo-experiência, convido mulheres a pensar sobre o próprio corpo e prazer sexual, convidando para um exercício de escrita criativa e troca de contos eróticos. O vídeo traz uma apresentação da ação Desfrutar-se, propõe alguns programas de ação como aquecimento do corpo, dos sentidos e das reflexões sobre o poder da ErótiKa. Em seguida convida para uma experiência de escuta de alguns relatos e de escrita de uma pequena fabulação. Por fim, chama quem quiser para participar de uma rede de troca de escritas. Durante o vídeo, compartilho pequenos trechos de textos e materiais que são referência para este trabalho, os linques na íntegra estão abaixo. Referências citadas: Manual de Ginecologia Natural e Autônoma: https://librotecalibre.files.wordpress.com/2018/01/manual-de-ginecologia-natural-e-autonoma.pdf Os Usos do Erótico: o erótico como poder, de Audre Lorde https://negrasoulblog.files.wordpress.com/2016/04/usos-do-erotico-o-erc3b3tico-como-poder-audre-lorde.pdf Boteco da Diversidade - O Corpo é uma Festa https://www.youtube.com/watch?v=sRecAOjGMZg Vídeo aula contemplada pelo edital ProAc - 39/2021, realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
| Vídeo poema |
Vídeo poema criado a partir de trechos de relatos do projeto, em parceria com a videasta Marina Bastos e a performer Beatriz Barjud, para o Boteco da Diversidade - “O Corpo é uma Festa”, realizado pelo SESC Pompeia, em janeiro de 2021. A atividade discute os caminhos que as mulheres vêm encontrando para tomar posse da própria sexualidade como forma de empoderamento e de enfrentamento do machismo. O Boteco completo pode ser visto em: https://www.youtube.com/watch?v=sRecAOjGMZg
| Lives e fotoperformances |
Durante a pandemia, em maio de 2020, realizei uma sequência de lives, fotos e microvideo performances no Instagram do Projeto Desandar. Está ação foi apoiada pela convocatória Poesia Nos Escombros, do Projeto Transversalidades do Centro de Referência da Dança de São Paulo. Nas fotos e vídeos, por um mês postava diariamente uma imagem acompanhada de um texto reflexivo. Nas lives, propunha encontros para compartilhar os relatos, os textos meus e de outras autoras e sobretudo falar sobre a sexualidade, o prazer e o auto cuidado em tempos de isolamento social. Neste contexto, a ação ganha outros contornos. Por um lado, o espaço da casa parece propiciar que dediquemos mais tempo para exercer nossa sexualidade, individualmente ou com parceirxs. No entanto, o medo e o confinamento forçado, o acúmulo de funções das mulheres, a falta de espaço, privacidade, tempo ou autonomia fazem com que a sexualidade fique eclipsada ou até torne-se violência. Em março de 2020, a ONU lançou uma pesquisa mostrando que 1 em cada 4 mulheres não é livre para dizer não ao sexo não consentido. Acompanhe no Instagram (clique no ícone)
| Rede de troca de contos |
PARTICIPE! Para participar, mande seu relato e ganhe outro em troca. [email protected] > Escolha uma fruta > Mande um relato com até 2.570 toques com espaço. Toque-se! (com espaço) #mulheresquesemarturbam #siririca #desfrutarse
A ação já aconteceu nos seguintes espaços, Mostra e Festivais:
- Boteco da Diversidade - Sesc Pompeia - edição online, janeiro 2021 - Poesia Nos Escombros - Projeto Transversalidades do Centro de Referência da Dança, maio 2020 - III Mulheres na Travessa - Vila Anglo, São Paulo, 2019 - Mostra Generosidades - SESC Santo Amaro - São Paulo, outubro, 2018 - De|Generadas3 - SESC Santana - São Paulo, setembro, 2018 - Mostra Ex_tensão - Espaço MOVA - Rio de Janeiro, junho 2018 - Festival La Plataformance - Viaduto do Chá - São Paulo, novembro, 2017. - Catapulta da Performance - Casa de Zuleika - São Paulo, outubro, 2017 - Festival Corpus Urbis (lambe-lambe) - Macapá, agosto de 2017 - Festival Détour, art et sexisme - Paris, setembro de 2016 - Ocupação Além do Arco Íris - São Paulo, maio de 2016 - Encontro Mulheres, Performance e Gênero, dos Coletivos Rubro Obsceno e Teatro Dodecafônico, na Oficina Cultural Oswald de Andrade - São Paulo, março de 2016 Comments are closed.
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